OLHARES SOBRE AS LENTES E TELAS

Os caminhos que percorremos são só nossos. Os olhares, a percepção, nossos recortes dos fatos e imagens são únicos. A interpretação pessoal sobre nossas vivências são um conjunto do afunilar, uma montagem de um quebra-cabeça de uma ou outra visão que a partir de então se tornam exclusivos. Seja uma fotografia, uma pintura, um vídeo, uma palestra ou um livro; a interpretação será única perante nossa percepção.

Na captura de imagens, por exemplo, o ângulo ou a aproximação, criarão um olhar único sobre a lente e te levará por caminhos imperceptíveis para muitos que têm uma visão mais ampla do mesmo espaço.

O que para muitos é uma imagem imperceptível e rotineira em seus cotidianos ao ser captada pela lente de um fotógrafo, ou reproduzido na tela de um pintor fixa um momento que pode ter várias interpretações.

Assim, se capta a surpreendente beleza do simples, o tornando verdadeiramente especial. Dessa maneira a arte nos complementa, sendo o alívio de um sistema social massacrante, ao qual estamos inseridos. Quantos autores de obras reconhecidas da atividade humana já foram considerados loucos? Muitos. Pois viver da arte é expressar e vislumbrar o belo, anunciando uma evolução espiritual, pouco entendida e muitas das vezes ao longo da história, reprimida. Motivos de condenações até.

Viver a beleza do simples é ser autêntico, é viver sua essência original e isso assusta a quem vive atônito a realidade marcada e padronizada. Que venham os gênios não compreendidos e que sejam reconhecidos, já que passamos da hora de evoluirmos também.

"(...) Viver da arte é expressar e vislumbrar o belo, anunciando uma evolução espiritual, pouco entendida e muitas das vezes ao longo da história, reprimida (...)."